
Jéssica Iancoski
Fernando Alves - Poema Carne Trêmula | Novos Autores
Poema de Fernando Alves Carne Trêmula.
Fernando Alves, 31 anos, educador, atualmente é colunista no jornal Mirassol Conectada e no jornal canadense Brazilian Wave.
Acadêmico Imortal na Academia Independente de Letras – Ail Ordem Scriptorium, cadeira 94.
Imortal na Academia Mundial de Cultura e Literatura – AMCL, cadeira 20.
Tem a poesia como seu foco principal na escrita.
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(Poema de Fernando Alves "Carne Trêmula")
Carne Trêmula
Na tortura, a carne que não se trai
Fatalmente acolhe com precisão
O preto em que a carne se contrai
Com tanta falta de afeição
Na tortura, a carne que não se trai
Acolhe a mulher que no fim da tarde
É esbofeteada por quem ainda à trai
E por medo não provoca alarde
Na tortura, a carne que não se trai
Não chama o padre para benzer o filho
Que no colo de homem, até se abstrai
Castrando o tempo e bailando em ladrilho
Na tortura, a carne que não se trai
Grita e sangra em paz

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