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  • Foto do escritorJéssica Iancoski

A Lenda da Mandioca - Como Nasceu a Primeira | Folclore Brasileiro | História infantil em áudio

A lenda Como Nasceu a Primeira Mandioca — ou A Lenda da Mandioca — é uma história do folclore brasileiro, com origem tupi-guarani.

Conta sobre Mani, uma menina que não era amada pelo pai.

Esta lenda é uma história indígena e também uma explicação de como a mandioca surgiu.


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História infantil em áudio: Como Nasceu a Primeira Mandioca


Há muito e muito tempo, em uma comunidade, dois indígenas se casaram: Atiolô e Zatiamarê.


Um tempo depois do casamento, Atiolô ficou grávida de uma menina e Zatiamarê ficou bravo porque ele queria um menino.


— Quero um Menino, Atiôlo! E quero que ele cresça forte como o pai, que casse como o pai e que se pinte com urucum para ficar tão bonito quanto o pai.


Quando a menina nasceu, Zatiamarê não só não gostou, como também não reconheceu a menina como sua filha.


— Essa menina para mim é vento, Atiolô. Eu não pedi ela, eu pedi um menino. E é por isso que eu não vou dar um nome para ela, não vou passar tempo com ela e não vou sequer conversar com ela.


— Mas, Zatiamarê, mesmo que você não queria, ela continua sendo a sua filha. Você não pode simplesmente ignorar que ela existe. Você é o pai dela e ela precisa de você.


— Dane-se! Procure o Cacique se não gostar, ele vai me dar razão porque sou homem como ele.


A menina ia crescendo, sem nome e sem o amor do pai. E Atiôlo, vendo que a situação não ia mudar, por conta própria, resolveu chamar a menina de Mani.


Zatiamarê continuava sem se importar ou conversar com a menina. E quando Mani perguntava algo para ele… NOSSA! Ele só a respondia um um mísero assobio.


— Pai, por que o céu existe?


— FIOFIOFIO


— Pai, por que a noite apareceu?


— FIOFIOFIO.


— Pai, você gosta de mim?


— FIOFIOFIO


Não importava o que Mani perguntasse ou o quanto ela tentasse. Zatiamarê sempre respondia “FIOFIOFIO”. E mesmo com o passar do tempo, a relação de Zatiamarê com Mani não melhorava. Nada mudava, continuava tudo igual e triste.


Até que Atiolô ficou grávida novamente.


— Se esta criança não for um homem como o pai, eu juro, que nem por assobio vou conversar com ela. Posso até colocar em cima de uma árvore para virar comida de passarinho, Atiolô, eu juro!


Mas para a sorte de todos, nasceu Tarumã, um lindo menininho.


E ao contrário de Mani, Tarumã era muito amado pelo pai. Zatiamarê tinha conversas bem cumpridas com ele, carregava-o nas costas para lá e pra cá e até lhe contava histórias.


E Mani ficava vendo tudo aquilo, sem entender, até que não aguentou mais e morreu de tristeza.


Quando Mani foi enterrada, Atiolô chorou muito, por vários dias consecutivos. Alias, Atiôlo chorou tanto, mas tanto, que regou o solo tão profundamente que do corpo de Mani nasceu a mandioca.


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